Viver muito tempo e com saúde é sem dúvida o que todos nós queremos alcançar. A boa notícia é que pesquisas confirmam que estamos conseguindo. De acordo com dados do IBGE dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os bebês que nasceram em 2020 têm perspectiva de viver por 76,7 anos, contra 76,5 anos apurados em 2019. A pandemia do novo coronavírus, que já tirou a vida de quase 600 mil brasileiros, não reverteu a tendência de alta da expectativa de vida ao nascer em território nacional.

 

Confira hábitos que aumentam a longevidade:

 

1- Pare de comer antes de ficar “cheio”.
Muitas vezes não fazemos nossas refeições na quantidade certa, ou seja, comemos até nos sentirmos estufados, quando o ideal é se alimentar até se sentir satisfeito, não cheio. A chamada fome emocional tem uma influência muito grande na forma como nos alimentamos.
Algumas estratégias para o controle da fome de origem emocional são:

• Realizar as refeições devagar e calmamente;
• Ingerir porções adequadas às suas necessidades;
• Evitar adquirir determinados alimentos;
• Ingerir alimentos ricos em fibras;
• Ingerir fontes de proteína;
• Fazer várias refeições ao longo do dia;
• Reduzir o stress.

 

Além de evitar o ganho de peso e a obesidade, associados a diversas doenças, como infarto, AVC e diabetes, a redução no consumo calórico ajuda a desacelerar o processo de envelhecimento.

 

2- Mantenha os músculos ativos.
A perda de massa muscular (sarcopenia) é um processo natural que começa na idade adulta —após os 50 anos, estima-se que entre 1% e 2% de massa magra seja perdida anualmente. Recentemente, um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) constatou que a queda progressiva da composição corporal é mais um fator relacionado à longevidade. Evitar ou reverter a sarcopenia se dá com a prática regular de exercício físico —a OMS recomenda 150 minutos por semana, com intensidade moderada —, principalmente musculação. Cuidados com a ingestão de proteínas e a realização de atividades diárias que exigem movimentação, como caminhar até mercado ou o trabalho e cuidar do jardim, também são recomendados.

 

3- Não se esqueça da vacina.
A vacinação, principalmente contra a COVID-19, é uma das medidas de saúde pública mais eficaz para prevenir doenças e, portanto, garantir uma vida mais saudável e longeva. No período de 1940 e 1998, a expectativa de vida ao nascer dos brasileiros aumentou em cerca de 30 anos graças à imunização. De acordo com dados da ONU, essa ação evita de 2 a 3 milhões de mortes ao ano por patologias como difteria, sarampo, coqueluche, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola e tétano.

 

4- Deixe de fumar, ou melhor ainda, nunca comece.
O tabaco, segundo dados da OMS, mata mais de 8 milhões de pessoas a cada ano, sendo que pouco mais de 7 milhões são resultado do seu uso direto e cerca de 1,2 milhão de não fumantes expostos ao fumo passivo. Estudos comprovam que o hábito de fumar diminui, e muito, a expectativa de vida. Pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine analisou o histórico de 113.752 mulheres e 88.496 homens fumantes ou ex-fumantes com idade entre 25 e 79 anos, e a sua conclusão foi de que o tabagismo tira dez anos de vida de uma pessoa adulta.

 

5- Mantenha uma vida social ativa.
Conservar boas relações é outra atitude fundamental para viver mais tempo e com mais saúde. Já dizia o poema de John Donne, “nenhum homem é uma ilha, completa em si mesma; todo homem é um pedaço do continente, uma parte de um todo”, corroborando o fato de que o ser humano realmente não foi criado para ficar sozinho, isolado, e que precisa de outras pessoas para a sua sobrevivência.

 

Fonte: UOL