Na semana do Dia Internacional da Mulher, convidamos duas colaboradores do Cibrius para uma entrevista, para entender mais do universo feminino em diferentes fases da vida. Berenice do Rosário Tofeti Naves, tem 66 anos, e aproximadamente 27 anos no Cibrius. Já Rebeca Speroto Batista tem 25 anos e está no Cibrius há 6 anos, confira agora a visão delas sobre diversos temas:
Legenda: Berenice – Assistente de cadastro e arrecadação e Rebeca – Analista de benefícios, respectivamente da esquerda para direita. (imagem: ACRI/Cibrius)
Como é ser uma mulher na sua faixa etária, no ambiente corporativo?
Berenice: Na minha visão, antigamente havia uma diferença muito grande e um julgamento em relação à faixa etária das mulheres com mais de 40 anos. Por ter sido durante muitos anos professora, não senti isso na pele, tínhamos um espaço e voz para atuar livremente. Felizmente, nos dias de hoje percebo um posicionamento, tanto dos indivíduos quanto das empresas em valorizar o profissional 50+ e até 60+, que pela sua experiência e vivência profissional, consegue agregar muito dentro das organizações. E o Cibrius foi uma delas, tendo me recontratado em 2020, mesmo depois de aposentada.
Rebeca: No Cibrius, entrei como estagiária e por isso, trilhei uma jornada naturalmente. O que percebo é a questão da experiência é muito cobrada, quando se é jovem. Independentemente de ser mulher ou homem. Agora quanto ao gênero eu noto que ainda há uma diferença quanto aos salários, mas felizmente isso também está mudando.
Quais desafios vocês já enfrentaram na vida pessoal ou profissional por serem mulheres?
Berenice: Nunca senti que por ser mulher tive alguma dificuldade específica, mas acredito que a minha criação foi muito diferente, meu pai sempre ajudou nas tarefas de casa, meu esposo também sempre foi participativo, atualmente eu trabalho e ele está aposentado, então sempre percebi um equilíbrio muito grande na minha família e no meu trabalho, não que seja a realidade de todas as famílias, mas eu tive muita sorte.
Rebeca: Eu sinto que enfrentei muitos desafios por ser mulher, e até por ser jovem. Meus pais sempre foram muito conservadores e por eles eu sempre ficaria ali quietinha, bem longe dos perigos do mundo, mas eu sempre me posicionei e enfrentei tudo que foi preciso para alcançar meus objetivos e realizar meus sonhos.
O que vocês observam/aprendem na convivência com mulheres de outras gerações?
Berenice: Percebo que a nossa geração tem muito a ensinar para os mais jovens, pela experiência, tanto profissional como de vida, mas se tem algo que é muito inovador dessa geração é a INDEPENDÊNCIA, as mulheres mais jovens se posicionam sobre o que querem na vida e vão atrás dos seus sonhos, se o casamento não vai bem, elas separam, se não estão felizes no trabalho procuram outras opções, respeitam o tempo delas em várias decisões da vida, e são mais leves para escolher o que querem, o que foi bem diferente na minha época.
Rebeca: As experiências são muito distintas, na minha opinião é importante haver uma troca dessas habilidades para enriquecer a convivência, muitos dilemas da minha geração não foram vivenciados por elas, e vice-versa, então é muito difícil julgar. O casamento entre esses dois universos tão diferentes contribui muito para o movimento feminino como para o crescimento da sociedade em si.
Tendo em vista que no Cibrius temos duas mulheres compondo a Diretoria Executiva, qual a perspectiva de vocês para o futuro das mulheres no mundo corporativo?
Berenice: Acredito que hoje as mulheres têm voz e posições tanto quanto os homens, são capazes de conquistar tudo o que querem, e o caminho é cada vez mais buscar um equilíbrio e a igualdade.
Rebeca: As mulheres estão a cada dia conquistando mais espaço e assumindo cargos de liderança, donas de seus próprios negócios, empreendedoras, o que me motiva muito como mulher, porque vejo que todas somos capazes, basta termos garra e coragem para alcançar os nossos maiores objetivos. Mas a nossa luta ainda continua, ainda temos desafios a serem enfrentados. Por fim, acredito que nós mulheres precisamos se fortalecer e se unir mais umas com as outras, na minha opinião essa mudança de atitude pode fazer toda diferença no futuro de um mundo coorporativo com menos competição e mais união.