É inegável o crescimento da presença feminina em diversos setores da sociedade nos últimos anos. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, neste dia 08 de março, trazemos um breve panorama e algumas reflexões sobre essa data, em lembrança a luta histórica das mulheres pela igualdade social e política.

 

Comparado a hoje, se voltarmos no passado, muitas são as conquistas alcançadas e isso se deve a um conjunto de fatores, tanto da industrialização do trabalho que tirou a mulher de casa, o desemprego e a sobrecarga dos homens como únicos provedores nas famílias, e a queda das taxas de fecundidade pelo uso de contraceptivos, tudo isso contribuiu para a entrada das mulheres no mercado de trabalho.

 

Com a emancipação feminina, as mulheres ocuparam o lugar de controle da própria vida, pela primeira vez uma mulher poderia se voltar não apenas para o cuidado do lar e dos filhos, podendo, também, se dedicar a uma carreira, a um projeto profissional.

 

Contudo, ainda é grande a diferença no tratamento entre homens e mulheres, pesquisas mostram que ainda há muita falta de oportunidade, desemprego, baixos salários, ocupação de cargos precários e até a própria discriminação na hora de assinar um contrato.

 

Lideranças femininas: destaque mundial no combate a pandemia.  

Uma pesquisa realizada na Inglaterra comparou a resposta à covid-19 entre líderes homens e mulheres, em países de população e nível socioeconômico parecidos.

 

A primeiro-ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir, de início apostou em testar massivamente sua população. Apesar da pequena população, de 360 mil habitantes, a Islândia evitou a complacência: medidas contra a covid-19, como a proibição de reuniões de 20 pessoas ou mais, foram tomadas no final de janeiro, antes mesmo do registro do primeiro caso da doença.

 

Já em Taiwan, a primeira medida adotada pela presidente Tsai Ing-wen foi criar, imediatamente, um centro de controle de epidemias com ações voltadas para rastrear os casos de infecções.

 

Na Nova Zelândia, a primeira-ministra, Jacinda Ardern, adotou uma posição difícil diante da covid-19. Em vez de “achatar a curva” dos casos, como muitos países estavam buscando fazer, a abordagem de Ardern foi mais contundente, para eliminar a curva.

 

Mulheres vem ocupando lugar de destaque à frente de iniciativas científicas pelo Brasil e pelo mundo, seja em trabalhos de divulgação científica, ou na área de pesquisas para entender como o vírus ataca os diversos sistemas do corpo humano. As cientistas e pesquisadoras mostraram que vieram para ficar e ocupar cada vez mais os espaços de liderança na área da ciência que são, ainda, em sua maioria, preenchidos por homens.

 

Para a diretora de previdência, Maura Valéria dos Santos Castro, os cargos de gestão ocupados por mulheres no mundo demonstram a capacidade de liderança aliada à nossa sensibilidade que fazem de nós não somente líderes, mas exemplos de luta e obstinação.

 

Participação feminina na política brasileira

Ao longo dos anos, os espaços de decisão política têm sido majoritariamente ocupados por homens. Em uma democracia representativa, onde a maioria da população e do eleitorado é composta por mulheres, a baixa representatividade feminina é um sintoma da desigualdade de gênero e contribui para que demandas não sejam discutidas.

 

Muitas leis têm sido aprovadas para ampliar a participação feminina, como por exemplo a garantia de no mínimo 30% dos recursos dos fundos partidário e eleitoral para o financiamento das candidaturas femininas e de no mínimo 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão para elas e, ainda, a Lei 14.192/21 que visa combater a violência política de gênero.

 

Mulheres em cargos gerenciais

A segunda edição do estudo “Indicadores sociais das mulheres no Brasil” realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 37,4% das mulheres brasileiras ocupam algum cargo de gerência, seja como diretora ou gerente.

 

O dado faz referência ao ano de 2019 e apresenta uma queda de 1,7% em relação ao registrado anteriormente, em 2016.

Esta flutuação percentual é uma característica que se repete desde 2012, quando este indicador de estatística de gênero foi apresentado pela primeira vez.

 

Além dos homens estarem em 62,6% destes cargos, mulheres recebem até 38,1% menos quando ocupam a mesma função. 

 

O Cibrius é composto por 54% de colaboradoras femininas, sendo que 40% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres.

 

A gerente financeira do Cibrius, Fernanda de Souza Ferreira, acredita que apesar das mulheres ainda serem minoria nos cargos de gerência, quando estão nessa função contribuem com maior empatia, liderança, acolhimento, sempre prontas a ouvir e a considerar as percepções de seus colaboradores, melhorando os ambientes coorporativos.

 

Essa história não terminou de ser contada, muitos são os desafios que surgem a cada dia, mas com força e determinação as mulheres já provaram que são capazes de exercer cargos de liderança e há espaço para todos.

 

(Brasília – CIBRIUS)

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