Flávio Pereira da Cruz
Gerente de Gestão de Riscos e Supervisão Atuarial
Sabemos que o risco está presente em todos os momentos de nossas vidas e, na esfera das entidades fechadas de previdência complementar (EFPC), isso não é diferente. A exposição ao risco é inerente à gestão de planos de benefícios, já que a influência de inúmeras variáveis e do imponderável, tanto do mercado interno como do externo, expõe os planos a situações imprevistas.
Nesse sentido, é imprescindível que o sistema possua um processo estruturado na Gestão Baseada em Risco, para que as entidades conheçam e mensurem os principais riscos a que estão expostas, definindo, assim, os procedimentos de controle sobre eles.
Podemos também garantir que a Gestão Baseada em Risco propõe, assim como a Supervisão, identificar, mensurar e monitorar os principais fatores de riscos que poderiam dificultar o alcance das metas e objetivos de uma EFPC, devendo ser constante, dinâmico e invariável. A Gestão Baseada em Risco, assim como Supervisão, teve início nas instituições financeiras, tendo sido estendida, com a edição da Resolução CGPC nº13/2004, para as entidades de previdência complementar.
As diretrizes para a gestão de risco nas EFPC consistem, basicamente em traçar cenários que evitem o comprometimento dos benefícios, projetando e estimando o que poderá acontecer com a Entidade em situações adversas para que, em se realizando a revisão dos processos e procedimentos internos, sejam identificadas eventuais falhas de gestão.
O Cibrius monitora diariamente os riscos inerente às operações dos investimentos. Um dos riscos mais críticos é o “risco de mercado”, por exemplo: que é o resultado da flutuação dos ativos em relação as taxas do mercado, o risco de crédito é relativo ao compromisso das empresas ou instituições financeiras de honrarem o pagamento do ativo no seu vencimento.
A Área de Gestão de Riscos e Supervisão Atuarial do Cibrius tem como objeto fazer uma mensuração dos riscos, implantar um programa de gestão e acompanhamento, com o objetivo de proteger o patrimônio dos planos de benefícios e reduzir a exposição dos riscos existentes e eminentes.
Conheça outros tipos de riscos a que uma entidade fechada de previdência complementar está exposta e que são monitorados pelo Cibrius:
• Risco operacional – perda resultante de falhas de processos internos, de pessoas ou de sistemas inadequados, ou ainda da ocorrência de eventos externos
• Risco sistêmico – decorrente das interligações e da interdependência entre os agentes de um sistema ou mercado, no qual a insolvência ou falência de uma única entidade ou grupo de entidades pode provocar falências em cadeia
• Risco de liquidez – perda resultante da falta de recursos necessários ao cumprimento de uma ou mais obrigações da entidade em função do descasamento de atribuições e aplicações
• Risco atuarial – perda resultante de falhas nas avaliações de hipóteses e premissas dos planos