O tema educação financeira e previdenciária vem em linha com a importância da Previdência Complementar na vida das pessoas. Esse assunto se reveste de tal importância, que o indivíduo, no início de sua vida profissional, ao se interessar e buscar conhecimento por poupança de longo prazo e finanças, tende a ser uma pessoa que terá um futuro mais tranquilo na fase pós emprego. 

Ou seja, quem tem as finanças em equilíbrio, muito provavelmente terá recursos para investir em previdência complementar. 

Não por acaso, a definição de educação financeira é “auxiliar os consumidores na administração dos seus rendimentos, nas suas decisões de poupança e investimento, consumir de forma consciente e ajudar a prevenir situações de fraude.” 

Aqui se insere também a educação previdenciária, pois o consumo consciente é um dos pressupostos básicos para viabilizar a poupança previdenciária. 

Atualmente, o maior concorrente da poupança é o consumo desenfreado e desorganizado por bens e produtos que cercam nossa vida, e aos quais estamos sempre tentados. A facilidade no acesso de compras online é um mecanismo utilizado pelas empresas para “fisgar” o consumidor e convencê-lo a comprar, principalmente, aquilo que não é necessário no momento. 

Consumo e poupança podem conviver harmoniosamente, mas para isso, o indivíduo precisa ser educado desde a infância para ser um adulto consciente. 

O Brasil tem feito um esforço para que o tema seja incluído na grade curricular do ensino básico de forma a aculturar e fomentar educação financeira e previdenciária e a poupança de longo prazo. 

Em países do primeiro mundo como a Europa, por exemplo, já existe entre a população mais jovem, consciência maior sobre a necessidade de poupar. 

Quando falamos de educação previdenciária, comparamos o PIB ao patrimônio dos planos administrados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC brasileiras em relação a outros países. A conclusão é que o Brasil ainda está muito atrás de vários países nesse quesito. Enquanto aqui esses recursos representam aproximadamente 13% do PIB, em outros países esse percentual ultrapassa a casa dos 100%   

E essa constatação nos remete à ideia de que aqui no Brasil poupamos pouco e nos preocupamos menos ainda com a aposentadoria. 

Estudos realizados demonstram que 55 a 75% da população que possui um bom nível de educação financeira e previdenciária entre adultos são de economias desenvolvidas. 

No Brasil esse índice é de aproximadamente 25 a 34%, bem abaixo do necessário para uma consciência satisfatória, que geraria uma preocupação maior com consumo x poupança. 

É necessário estabelecer políticas públicas e inciativas que mudem esse quadro e fomentem o tema. Algumas ações do estado têm sido implementadas com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da cidadania ao fornecer e apoiar ações que ajudem a população a tomar decisões financeiras mais autônomas e conscientes. 

No âmbito da previdência complementar fechada, as entidades também têm feito seu dever de casa, instruindo, educando, trazendo conteúdo que agrega conhecimento, o que com certeza irá gerar bons resultados. 

Todos nós somos responsáveis por essa missão: a de promover e fomentar a importância da educação financeira e previdenciária, seja com nossos filhos, com nossos clientes e demais pessoas com as quais convivemos no dia a dia. 

E fica a dica:  

“Mais importante do que quanto você ganha, é como você gasta.” – (Conrado Navarro)