BDR é a sigla para Brazilian Depositary Receipts (ou Recibos Depositários Brasileiros), que são ativos negociados na Bolsa de Valores e que dão acesso a ações negociadas no exterior.

 

Quem adquire um BDR, não está comprando diretamente as ações das empresas no exterior, está investindo em títulos representativos desses papéis. Essas ações existem de fato lá fora, e precisam ficar depositadas e bloqueadas em uma instituição financeira que atua como custodiante – ou seja, que faz a guarda delas.

 

Se a companhia tiver lucros e distribuir esses valores, o investidor recebe os proventos correspondentes. Se a ação subir ou cair, os movimentos também refletem no BDR.

 

E ainda tem a variação cambial, que por si só influencia a cotação do BDR para cima ou para baixo.

 

Resumidamente, se o real se desvalorizar, o investidor brasileiro vê sua rentabilidade aumentar. Se ocorre o contrário, ela diminui.

 

Porque investir no exterior

Existem algumas vantagens em investir indiretamente no exterior.

 

Uma delas é a diversificação. Apesar de os BDRs serem investimentos nacionais, emitidos e negociados no Brasil, estão relacionados ao desempenho de ativos e mercados estrangeiros.

 

Ao comprar BDR, há uma ampliação da diversidade de ativos na carteira e substitui parte do risco caso ocorra algum problema com a Bolsa no Brasil.

 

Ao mesmo tempo em que garante ganhos em momentos de mercado aquecido, um portfólio balanceado é resiliente em períodos de crise.

 

Ao comprar um BDR lastreado em ações de uma empresa com sede em outro país, você está se expondo a ativos no exterior, e sem a necessidade de abrir uma conta fora do país.

 

O investidor de BDR também não precisa se preocupar com as questões fiscais além-fronteiras.

 

Mercados desenvolvidos, como o dos Estados Unidos, oferecem investimentos em setores que sequer têm representantes na bolsa brasileira.

 

Com os BDRs, um mundo de oportunidades fica à nossa disposição.

 

BDRs na B3

Em outubro de 2020, a B3 liberou o acesso depessoas físicas em geral aos Brazilian Depositary Receipts (BDRs) – anteriormente o investimento era exclusivo para investidores qualificados – que permite ao investidor negociar, do Brasil, ativos correspondentes a ações de empresas negociadas no exterior, sejam elas estrangeiras, como Amazon e Netflix, sejam nacionais, como a XP Investimentos, Stone e Arco Educação. Dados do Economática – plataforma para análise de investimentos – mostram que o interesse de investidores por esse tipo de ativo bateu recordes históricos: em setembro, a quantidade de negócios não ultrapassava 60.000 e em dezembro esse número saltou para 522.120.

 

Agora há uma oferta maior, tanto pessoas jurídicas como pessoas físicas têm acesso a certificados relacionados a empresas inovadoras como Amazon, Apple e Tesla, o que de fato fortalece ainda mais esse tipo de ação.  “Qual foi o impacto negativo da pandemia nessas empresas como a Netflix ou a Amazon? Praticamente nenhum, enquanto a maioria das empresas dos setores de serviços e varejo estavam passando por dificuldades com os lockdowns, os serviços pagos para assistir filmes e séries aumentaram suas vendas e seus lucros. Por isso, esse tipo de investimento é muito importante para a entidade e para as pessoas em geral, onde podemos aplicar em investimentos que geram ganhos aos participantes em diversos cenários econômicos.”, afirmou Vinícius Albuquerque, gerente de investimentos do Cibrius.

 

A aplicação nesses ativos funciona por meio de fundos de investimentos. Confira a carteira com fechamento de fevereiro:

BDRs

 

(Brasília – CIBRIUS)

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