Sempre apresentamos em nossos canais de comunicação notícias sobre o equilíbrio atuarial dos planos administrados pelo Cibrius. A análise sobre a apresentação de déficit ou de superávit não pode ser feita separada de um contexto de longo prazo e sem as devidas avaliações atuariais e outras variáveis, como se fosse um “retrato instantâneo”.
Mas, então, quando falamos de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), o que é superávit e o déficit?
Em primeiro lugar, essas denominações estão relacionadas apenas a planos de estrutura mutualista e solidária, ou seja, planos de benefício definido.
De acordo com a legislação, se um plano acumula déficits por três anos, deve haver um equacionamento, ou seja, um plano para garantir o equilíbrio; o contrário também ocorre: se o plano for superavitário por três anos, a entidade poderá adotar um plano de distribuição do resultado entre os participantes e assistidos dos planos, a depender de situações específicas previstas na legislação.
É necessário explicar que déficit não é sinônimo de prejuízo ou rombos e que, pelas características peculiares dos planos de benefícios, as análises dos resultados demandam uma visão de longo prazo.
Exemplo de fatores a serem considerados na análise do resultado de um fundo de pensão:
Apesar dos diversos fatores que afetam os resultados dos planos de benefício, a discussão fácil, muito incentivada por aqueles que não conhecem o sistema, é apontar como causa a má gestão dos investimentos.
Entretanto, o fato de um determinado investimento não apresentar o retorno desejado, por si só não significa má gestão. Lembramos que sempre existe o “risco do negócio” inerente a todo investimento e que nem todo investimento realizado terá a rentabilidade esperada.
É exatamente por isto que nossa legislação aponta para a diversificação dos investimentos de forma a permitir que eventuais perdas em alguns deles sejam compensadas por maiores ganhos em outros.
Fonte: Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar)